As novas tecnologias são ferramentas importantes para a escola atingir a
modernidade. Contudo, o que se constata é uma forte resistência em utilizá-las,
aproveitá-las, dando mais sentido à aprendizagem.
A utilização nas escolas oficiais é precária,
limitando-se a fazer as mesmas e velhas coisas e não trazendo as mudanças
requeridas pela época. A introdução de novas tecnologias, o uso inteligente do
computador, vêm se tornando um desafio às escolas, no sentido de ampliar as
possibilidades do ensino.
Estudos mostram que a receptividade e a capacidade
de explorar os novos recursos são bem maiores entre os alunos que entre os
professores ou diretores. Muitos não querem mostrar que sabem menos que os
jovens, daí as atitudes de resistência, diz o relatório de um estudo.
O uso do computador, em bom nível, provoca
transformações significativas nas escolas, envolve professores e alunos em
processos de estudo e pesquisa criativos, interessantes, colaborativos. Cria-se
um clima de ajuda, onde o professor adquire postura mais democrática, passando
a ser um orientador da aprendizagem. O aluno vai se sentindo mais realizado,
mais enquadrado no mundo em que vive. Vai se sentindo mais seguro na
aprendizagem, à medida que avança no conhecimento do uso do computador e o
aplica às suas necessidades.
Por intermédio da internet, a escola estimula o
ensino, programando projetos sociais envolvendo também a comunidade,
principalmente em regiões carentes. Atinge, assim, dupla finalidade: o
envolvimento interessado do aluno, que acaba aprendendo melhor e mais depressa,
e a ajuda que fornece às comunidades. A escola amplia a inclusão digital,
produzindo conhecimento por meio da internet.
Escolas que conseguem dar um passo avante montam um
portal para divulgar trabalhos culturais de novos talentos. Formam redes
digitais e criam intercâmbios de conhecimentos entre as escolas da comunidade.
Os alunos apreciam deveras esse tipo de atividade e desenvolvem formas
criativas de usar a rede digital, melhorando o ensino nas salas de aula.
O pensamento dominante é de que não se deve usar a
internet apenas como um consumidor. A inclusão digital só faz sentido quando
ela produz conhecimento. Havendo integração das iniciativas adotadas pelas
escolas, o conhecimento se aprofunda. É preciso que as escolas discutam, antes,
conceitos e práticas comuns. Devem compatibilizar-se de modo que os melhores
resultados das experiências de cada escola sejam compartilhados com outras
escolas.
O conhecimento é uma forma de transformar a
sociedade e o computador acelera o processo. Os jovens vêem, na tela do
computador, a chance de conseguir um futuro melhor. Incrementam a pesquisa,
ampliam suas perspectivas, criam esperanças de bom emprego. O interesse pelo
computador vai além da escola. O percentual da população com acesso ao
computador subiu, em três anos, desde 2000, de 10% para 15%.
Os brasileiros estão começando a aderir à
informática, ingressando no mundo digital. Contudo, é importante acelerar essa
inclusão, tentar diminuir a distância que separa o Brasil dos outros países.
Nessa questão, a atuação da escola é de muita valia, ao utilizar, com
competência, a informática em suas salas de aula. Os alunos, entusiasmados,
encarregam-se de entusiasmar a família, a comunidade.
O que importa é treinar bem os professores e adotar
políticas condizentes, formulação de metas de inclusão digital. A melhor forma
é investir nas escolas e nos jovens, sobretudo em áreas carentes e sem
perspectiva social. O retorno virá mais depressa do que se imagina, diz o
estudo do Mapa da Exclusão Digital, divulgado em abril de 2003 pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e o Comitê para a Democratização da Informática (CDI).
Do ponto de vista escolar, a análise do mapa mostra
que os jovens que contam com computador em casa têm desempenho superior. Na
prova de matemática chega a 17%. Cidades com altos índices de escolaridade são
grandes adeptas da informática, como São Caetano do Sul, com 41%, Niterói, 34%
e Santos 33%. No bairro da Lagoa, zona sul do Rio, a inclusão chega a 59,2%. Já
nas favelas do Complexo do Alemão, zona norte, a 3,8%. Em relação aos alunos
matriculados no ensino fundamental regular, 23,9% estão em escolas com acesso à
informática. Os Estados com maior grau de inclusão digital, nesse nível de
ensino, foram: São Paulo (49,7%), Paraná (37,2%) e Rio (34,4%).
O analfabetismo digital contribui para o fraco
desenvolvimento científico do País. As escolas avançadas no ensino da
informática colocam seus alunos na vanguarda do conhecimento, sem necessidade
de correr atrás. As informações chegam até eles e em última mão. Esta
facilidade é oferecida pelos softwares leitores ou agregadores de RSS. Estes
programas buscam notícias automaticamente de sites relacionados pelo usuário. A
escola cria projetos em que os alunos mantêm blogs com textos das disciplinas e
o professor consegue acompanhar a sua produção.
Tudo em educação deve nortear-se por atividades prazerosas. Não primar
pela competição, mas proporcionar a auto-afirmação. O professor não pode se
limitar a conteúdos predeterminados, atender, antes, os anseios e as
necessidades do aluno. Não deve adestrar, mas preocupar-se com o aluno enquanto
pessoa, caminhando em direção a novos paradigmas. O grande objetivo do
ensino-aprendizagem é descortinar possibilidades e não apenas aferir o
rendimento cognitivo do aluno. (Artigo de Isabel Savalla
Crispin, Supervisora de ensino aposentada, publicado no site dela).
FÓRUM
CAPACITARH E OS OROFISSIONAIS DE RH
Consolidado como um dos principais
encontros de profissionais de RH, o Capacitarh - Fórum de Capacitação,
Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais - deverá reunir em 2013
executivos e lideranças das principais empresas do país. O evento acontecerá em
São Paulo, de 22 a 24 de abril, com a proposta de apresentar o que de mais
atual se faz em termos de gestão de pessoas no país.
"A gestão, capacitação e desenvolvimento de
pessoas está diretamente relacionada às decisões da alta direção das
corporações. Por isso, hoje não se fala em estratégia de crescimento e de
competitividade sem mencionar as políticas e práticas de RH" explica
Yvelise Tonon, responsável pelo programa do evento. "Ao colocar tais temas
em pauta, o O Capacitarh passa a ser um encontro inspirador para os agentes do
mercado" afirma a gerente do projeto.
Um dos destaques da terceira edição do Capacitarh será
a participação de executivos de áreas pares de RH, como Finanças,
Administração, Operação, Comunicação, Comercial e Jurídico, para apresentar e
discutir como o RH é estratégico e como as parcerias internas podem ser
fortalecidas para atingir os resultados de negócios.
A estrutura do encontro deste ano terá, no primeiro
dia, o "Seminário Capacitando" voltado aos debates sobre treinamento e
educação. Depois, um painel reunirá dirigentes e presidentes de pequenas e
médias empresas para falar sobre a realidade do RH em suas organizações, e
outro discutirá os aspectos tangíveis e intangíveis que efetivamente
influenciam a remuneração dos executivos.
Além das sessões plenárias e dos paineis de debates
que reúnem toda a plateia, uma característica das edições anteriores será
mantida no Capacitarh 2013 por ter sido aprovada pelos participantes: as
trilhas específicas por temas de interesse, que devem oferecer ao público uma
visão multidisciplinar do RH nas organizações brasileiras.
A 3ª. edição do Capacitarh - Fórum de
Capacitação, Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais é uma
iniciativa da IBC. Informações: www.informagroup.com.br/capacitarh e 11-3017-6808.
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O investimento em
Marketing Digital tem crescido no Brasil. Em agosto de 2011, 90% das empresas
do país já realizavam ações na área. O mercado está em expansão, porém, ainda
há dificuldade em encontrar profissionais qualificados. Já é possível ver um
movimento de criação de cursos, principalmente de pós-graduação ou online,
mas ainda são poucas as faculdades que oferecem graduação na área, ou tem o
Marketing Digital como disciplina.
Uma das formas
encontradas pelas universidades e empresas de suprir essa falta de
conhecimento acadêmico é convidar consultores de Marketing Digital para
palestrar sobre o assunto. Assim, profissionais já formados passam por uma
atualização, e alunos têm um primeiro contato com a área.
“Tenho recebido convites tanto de
instituições de ensino, quanto de network de negócios para falar sobre mídias
sociais para empresas, em especial sobre o Facebook Marketing”, conta o
consultor de Marketing Digital e franqueado NWMídia,
Carlos Eduardo Soares. “Muitos empresários têm demonstrado interesse em
inserir a “cultura digital” na empresa através de palestras para os
funcionários”, Tiago de Oliveira Fontolan, também consultor e franqueado NWMídia.
Consequências para o mercado
Trabalhar o digital é
hoje uma exigência das empresas, por isso, é imprescindível que mais
profissionais qualificados estejam disponíveis no mercado. “Acredito que em
um prazo de cinco anos a web será o meio mais utilizado de marketing. Já é
possível notar uma inflação nos salários de quem está inserido na área, e se
o problema da profissionalização não for resolvido, outras adaptações vão
acontecer, não só no meio digital, mas no mercado como um todo”, aponta
Soares.
As agências têm enfrentado
dificuldades de contratação de bons profissionais, uma vez que as faculdades
não estão preparadas para formá-los. “A gama de cursos de Marketing Digital
no Brasil vem aumentando de uma maneira absurda, uma vez que a cultura
digital no país vem se consolidando a cada dia. Porém, a maioria dos cursos
ainda é de baixa qualidade”, aponta Soares. Já para Fontolan a situação é
ainda mais precária “Na minha visão, existe apenas uma instituição de ensino
que domina o mercado de cursos Marketing Digital no Brasil. No exterior
existem muito mais referências”.
A NWMídia
nasceu de uma necessidade de marketing nos dias atuais, oferecendo soluções
rápidas e objetivas para empresas que desejam alavancar seus negócios no
mundo web. Os profissionais da empresa são experientes em marketing
digital e buscam sempre o profundo conhecimento e entendimento dos negócios
de seus clientes e seu mercado. Plano de Marketing Digital; Otimização de
sites nos buscadores Google; Criação de aplicativos para Tablets e Celulares;
Blogs e Sites; E-mail Marketing são alguns dos serviços prestados pela NWMídia.
Atualmente, já conta com 11 franquias espalhadas por todo o Brasil.
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As novas tecnologias são ferramentas importantes para a escola atingir a
modernidade. Contudo, o que se constata é uma forte resistência em utilizá-las,
aproveitá-las, dando mais sentido à aprendizagem.
A utilização nas escolas oficiais é precária,
limitando-se a fazer as mesmas e velhas coisas e não trazendo as mudanças
requeridas pela época. A introdução de novas tecnologias, o uso inteligente do
computador, vêm se tornando um desafio às escolas, no sentido de ampliar as
possibilidades do ensino.
Estudos mostram que a receptividade e a capacidade
de explorar os novos recursos são bem maiores entre os alunos que entre os
professores ou diretores. Muitos não querem mostrar que sabem menos que os
jovens, daí as atitudes de resistência, diz o relatório de um estudo.
O uso do computador, em bom nível, provoca
transformações significativas nas escolas, envolve professores e alunos em
processos de estudo e pesquisa criativos, interessantes, colaborativos. Cria-se
um clima de ajuda, onde o professor adquire postura mais democrática, passando
a ser um orientador da aprendizagem. O aluno vai se sentindo mais realizado,
mais enquadrado no mundo em que vive. Vai se sentindo mais seguro na
aprendizagem, à medida que avança no conhecimento do uso do computador e o
aplica às suas necessidades.
Por intermédio da internet, a escola estimula o
ensino, programando projetos sociais envolvendo também a comunidade,
principalmente em regiões carentes. Atinge, assim, dupla finalidade: o
envolvimento interessado do aluno, que acaba aprendendo melhor e mais depressa,
e a ajuda que fornece às comunidades. A escola amplia a inclusão digital,
produzindo conhecimento por meio da internet.
Escolas que conseguem dar um passo avante montam um
portal para divulgar trabalhos culturais de novos talentos. Formam redes
digitais e criam intercâmbios de conhecimentos entre as escolas da comunidade.
Os alunos apreciam deveras esse tipo de atividade e desenvolvem formas
criativas de usar a rede digital, melhorando o ensino nas salas de aula.
O pensamento dominante é de que não se deve usar a
internet apenas como um consumidor. A inclusão digital só faz sentido quando
ela produz conhecimento. Havendo integração das iniciativas adotadas pelas
escolas, o conhecimento se aprofunda. É preciso que as escolas discutam, antes,
conceitos e práticas comuns. Devem compatibilizar-se de modo que os melhores
resultados das experiências de cada escola sejam compartilhados com outras
escolas.
O conhecimento é uma forma de transformar a
sociedade e o computador acelera o processo. Os jovens vêem, na tela do
computador, a chance de conseguir um futuro melhor. Incrementam a pesquisa,
ampliam suas perspectivas, criam esperanças de bom emprego. O interesse pelo
computador vai além da escola. O percentual da população com acesso ao
computador subiu, em três anos, desde 2000, de 10% para 15%.
Os brasileiros estão começando a aderir à
informática, ingressando no mundo digital. Contudo, é importante acelerar essa
inclusão, tentar diminuir a distância que separa o Brasil dos outros países.
Nessa questão, a atuação da escola é de muita valia, ao utilizar, com
competência, a informática em suas salas de aula. Os alunos, entusiasmados,
encarregam-se de entusiasmar a família, a comunidade.
O que importa é treinar bem os professores e adotar
políticas condizentes, formulação de metas de inclusão digital. A melhor forma
é investir nas escolas e nos jovens, sobretudo em áreas carentes e sem
perspectiva social. O retorno virá mais depressa do que se imagina, diz o
estudo do Mapa da Exclusão Digital, divulgado em abril de 2003 pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e o Comitê para a Democratização da Informática (CDI).
Do ponto de vista escolar, a análise do mapa mostra
que os jovens que contam com computador em casa têm desempenho superior. Na
prova de matemática chega a 17%. Cidades com altos índices de escolaridade são
grandes adeptas da informática, como São Caetano do Sul, com 41%, Niterói, 34%
e Santos 33%. No bairro da Lagoa, zona sul do Rio, a inclusão chega a 59,2%. Já
nas favelas do Complexo do Alemão, zona norte, a 3,8%. Em relação aos alunos
matriculados no ensino fundamental regular, 23,9% estão em escolas com acesso à
informática. Os Estados com maior grau de inclusão digital, nesse nível de
ensino, foram: São Paulo (49,7%), Paraná (37,2%) e Rio (34,4%).
O analfabetismo digital contribui para o fraco
desenvolvimento científico do País. As escolas avançadas no ensino da
informática colocam seus alunos na vanguarda do conhecimento, sem necessidade
de correr atrás. As informações chegam até eles e em última mão. Esta
facilidade é oferecida pelos softwares leitores ou agregadores de RSS. Estes
programas buscam notícias automaticamente de sites relacionados pelo usuário. A
escola cria projetos em que os alunos mantêm blogs com textos das disciplinas e
o professor consegue acompanhar a sua produção.
Tudo em educação deve nortear-se por atividades prazerosas. Não primar
pela competição, mas proporcionar a auto-afirmação. O professor não pode se
limitar a conteúdos predeterminados, atender, antes, os anseios e as
necessidades do aluno. Não deve adestrar, mas preocupar-se com o aluno enquanto
pessoa, caminhando em direção a novos paradigmas. O grande objetivo do
ensino-aprendizagem é descortinar possibilidades e não apenas aferir o
rendimento cognitivo do aluno. (Artigo de Isabel Savalla
Crispin, Supervisora de ensino aposentada, publicado no site dela).
FÓRUM
CAPACITARH E OS OROFISSIONAIS DE RH
Consolidado como um dos principais
encontros de profissionais de RH, o Capacitarh - Fórum de Capacitação,
Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais - deverá reunir em 2013
executivos e lideranças das principais empresas do país. O evento acontecerá em
São Paulo, de 22 a 24 de abril, com a proposta de apresentar o que de mais
atual se faz em termos de gestão de pessoas no país.
"A gestão, capacitação e desenvolvimento de
pessoas está diretamente relacionada às decisões da alta direção das
corporações. Por isso, hoje não se fala em estratégia de crescimento e de
competitividade sem mencionar as políticas e práticas de RH" explica
Yvelise Tonon, responsável pelo programa do evento. "Ao colocar tais temas
em pauta, o O Capacitarh passa a ser um encontro inspirador para os agentes do
mercado" afirma a gerente do projeto.
Um dos destaques da terceira edição do Capacitarh será
a participação de executivos de áreas pares de RH, como Finanças,
Administração, Operação, Comunicação, Comercial e Jurídico, para apresentar e
discutir como o RH é estratégico e como as parcerias internas podem ser
fortalecidas para atingir os resultados de negócios.
A estrutura do encontro deste ano terá, no primeiro
dia, o "Seminário Capacitando" voltado aos debates sobre treinamento e
educação. Depois, um painel reunirá dirigentes e presidentes de pequenas e
médias empresas para falar sobre a realidade do RH em suas organizações, e
outro discutirá os aspectos tangíveis e intangíveis que efetivamente
influenciam a remuneração dos executivos.
Além das sessões plenárias e dos paineis de debates
que reúnem toda a plateia, uma característica das edições anteriores será
mantida no Capacitarh 2013 por ter sido aprovada pelos participantes: as
trilhas específicas por temas de interesse, que devem oferecer ao público uma
visão multidisciplinar do RH nas organizações brasileiras.
A 3ª. edição do Capacitarh - Fórum de
Capacitação, Gestão de Pessoas e Estratégias Empresariais é uma
iniciativa da IBC. Informações: www.informagroup.com.br/capacitarh e 11-3017-6808.
RECURSO PODE INVALIDAR CERCO À CERVEJA
A Advocacia Geral da União entrou com
recurso, na última sexta-feira (7) contra a decisão da Justiça Federal,
impetrada pelo juiz Marcelo Borges, de Santa Catarina, que gera duras
restrições à publicidade e divulgação geral de bebidas alcoólicas (leia mais aqui). Segundo as novas regras, fica
proibida a veiculação de comerciais de bebidas com teor alcoólico acima dos
0,5º GL (Gay-Lussac) — medida que passa a englobar as cervejas e os vinhos —
entre as 6h e as 21h.
O advogado da Abap (Associação Brasileira de Agências de
Publicidade), dr. Paulo Gomes de Oliveira Filho, explica, no entanto, que a
decisão da Justiça infringe a lei que regula a atividade — de número 9.295, de
1996 — que determina que somente a comunicação de bebidas de teor alcoólico
acima dos 13º GL pode ser controlada. “O Tribunal de Justiça foi além do que
podia, não pode afrontar uma Lei Federal. A Constituição diz que só uma Lei
Federal pode restringir a propaganda, e esta, em vigor, é a 9.295.”, disse o
advogado.
Segundo a decisão do juiz de Santa Catarina, também ficariam
proibidas ações de vínculo das marcas de bebidas desse grupo ao desempenho
saudável de atividades, à condução de veículos, a imagens ou ideias de êxito, à
sexualidade das pessoas e a esportes olímpicos ou de competição — o que
impediria a prática muito recorrente de patrocínio a equipes, torneios e
modalidades por parte das empresas de bebidas.
O advogado da Abap e também da Fenapro (Federação Nacional das
Agências de Propaganda), dr. João Luiz Faria Netto, diz que trata-se de uma
guerra contra os patrocinadores das Olimpíadas e contra o compromisso firmado
pelo governo brasileiro com a Fifa, já transformado em lei pelo Congresso —
inclusive com publicidade externa de bebidas. “A União já recorreu e penso que
o Tribunal Federal Reginal (Porto Alegre) reformará a sentença do juiz em
primeira instância”, opinou.
O recurso tem efeito suspensivo e a decisão do Tribunal Superior
está sendo aguardada para que a própria indústria, associações de agências e
veículos decidam o que fazer — e o mais provável é que entrem na discussão como
partes interessadas. Caso indeferido o recurso, a União ou outros órgãos
envolvidos — como a própria Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
ou entidades ligadas às empresas de bebidas alcoólicas — poderão levar a
requisição para outros níveis, como o STF (Supremo Tribunal Federal).
Procurada, a Ambev — uma das empresas que mais investem no futebol — não quis
se pronunciar a respeito do assunto. A Associação Brasileira da Indústria da
Cerveja (CervBrasil) também decidiu não se pronunciar sobre o assunto, por
enquanto. Procurada, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
(Abert) também preferiu não se pronunciar, até que se defina o próximo
capítulo. (Popmark)
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